AULA 8 (VÍDEO) - A CRISE DE 1929
A Crise de 1929, ou a Grande Depressão, foi uma intensa crise econômica acontecida em 1920 que abalou o mundo capitalista, sendo entendida por vários estudiosos como uma das maiores da história, marcando o declínio do liberalismo econômico. As causas da crise foram a superprodução de mercadorias e diversas especulações incertas no mercado financeiro .
No período que antecedia a Grande Guerra, os Estados Unidos já era a maior potência econômica do mundo, o conflito entre as nações europeias propiciou que essa posição fosse ainda mais consolidada, deixando os E.U.A ser responsável por 1/3 da produção industrial. Quando a guerra teve seu fim em 1918, a economia americana dominava o cenário mundial e os índices comprovaram esse domínio. O país detinha 42% de toda a produção de mercadorias do planeta. Além disso, os países presentes na Grande Guerra buscavam recursos para sua reconstrução e fazia constantes empréstimos com os Estados Unidos.
A população estadunidense percebia esse crescimento absurdo da economia, a prosperidade econômica estruturada no país originou o "american way of life", expressão que simbolizava o estilo de vida "perfeito" que levava os cidadãos americanos, que se baseava principalmente no grande poder aquisitivo que eles possuíam.
Outro ponto importante nesse período foi a especulação monetária. Os investimentos nas ações das companhias americanas na Bolsa de Valores de Nova Iorque aumentavam exponencialmente.
Mas essa ideia do país "perfeito" mascarava o grande terror econômico que viria. Os grandes lucros originados da especulação financeira deixavam os Estados Unidos em uma linha ténue entre uma economia muito consolidada e a quebra dessa economia. Até que em 24 de outubro de 1929 ocorreu a quebra da bolsa de Nova Iorque, impactando fortemente o poder econômico americano.
O historiador Eric Hobsbawm explica que a crise se deve a estagnação salarial que impediu o mercado interno do país de expandir a capacidade de absorver as mercadorias no mesmo ritmo de sua produção.
Com a inatividade do mercado, os lucros esperados pelos investidores na Bolsa de Valores não deram frutos, o que os levou a vender suas ações. No episódio conhecido como Quinta-feira Negra, em outubro de 1929, milhões de ações foram vendidas, e a demanda por compras era muito baixa. Até que no dia 28 de outubro, a crise teve seu ápice quando o número de ações vendidas chegou a 33 milhões, quebrando totalmente a economia americana com uma perda histórica de bilhões de dólares.
Milhares de empresários faliram, todo o investimento feito não serviu de nada quando ocorreu a quebra da Bolsa. A crise aumentou consideravelmente o índice de desemprego e os que conseguiram continuar empregados tiveram seu salário bastante reduzido. O mercado interno e externo também quebrou, levando a crise a nível mundial, já que os E.U.A era o maior poder econômico e, por sua vez, o maior comprador de mercadorias do planeta. Com o mercado de exportação inativo, vários países sofreram os mesmos impactos da crise.
No âmbito político, a crise também teve seu impacto, causando diversas transformações e originando, posteriormente, o surgimento de regimes fascistas.
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